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INTELIGÊNCIA E HABILIDADE

por feldades, em 06.07.18

Muito já se estudou sobre a capacidade que o ser humano tem para dominar a si, a natureza, os recursos naturais... e o seu semelhante! A isso, convencionou-se nomear ‘inteligência’ e o homem se autodenominou um ‘animal inteligente’. Há pouco mais de trinta anos, porém, o americano Howard Gardner, pesquisador de Harvard, ficou famoso por propor a teoria das Inteligências Múltiplas. Segundo Gardner, não há apenas uma, mas nove inteligências. Pedagogos, esses mestres sem discípulos, amam referir-se as tais ‘inteligências’ como também amam citar Gardner em suas falações. É chique falar de assunto “top”, e muito mais chique é citar um autor “top” como aquele aclamado cognitivista, que se tornou guru dos pedagogos e oráculo dos cursos de pedagogia.

 

De minha parte, não tendo pisado em Harvard, não sendo pedagogo nem possuindo sequer uma das ‘nove inteligências’ enumeradas por Gardner, discordo desse premiado doutor. Atrevo-me a dizer que não há ‘inteligências múltiplas’, mas ‘habilidades múltiplas’. Essas habilidades até que poderiam ser numeradas de “1 a 9”. A desenvoltura no cálculo, na dança, na fala, na escrita, nos idiomas etc. não são ‘inteligências’, mas habilidades. Alguns sortudos têm várias delas – os tais “crânios”. Há, portanto, quem pareça dominar apenas uma dessas ‘habilidades’, mas com profundidade estonteante, e a estes chamamos de ‘gênios’.

 

Sem querer chocar o arredio leitor, ouso afirmar que nossas habilidades vêm do ‘instinto’ e não da ‘razão’. A capacidade de aprender não é exclusividade do homo sapiens, pois os animais costumam nos fazer inveja nesse quesito – com a palavra, o joão-de-barro. E tem mais. Tenho aqui uma modesta calculadora capaz de fazer, em menos de um segundo, cálculos que ninguém faria ao longo de uma vida. Pois é... na execução de tarefas, até as máquinas nos dão de “7 a1”!

 

Fui estudante por muitos anos, leciono desde o século passado e durante esse tempo, convivi com pessoas muito habilidosas, algumas geniais, mas poucas eu consideraria “muito inteligentes”. A habilidade de calcular e de memorizar pode trazer fama e até fortuna. Mas a reflexão, as indagações sobre os ‘quês e porquês’ da vida não suscitam olhares assim tão generosos.

 

Ao longo da vida, talvez eu tenha convivido com apenas duas pessoas de inteligência muito acima da média. Uma era comadre de meus pais: mulher montanhesa, analfabeta e pobre, que conheci já idosa. O outro era meu compadre: homem rural, de ‘muitos dias’, também analfabeto e pobre. Mais adiante, pretendo escrever algumas linhas sobre esses dois personagens.

 

Gardner talvez não saiba, mas com suas “nove habilidades”, consegue-se apenas dar algumas respostas às muitas aflições do cotidiano. Com inteligência, porém, é que se fazem as urgentes perguntas e os necessários questionamentos sobre a vida e seus mistérios.

 

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2 comentários

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De Maria Lucia Moreira Bastos a 06.07.2018 às 14:16

Muito bom, compartilhei. Há muito o que pensar sobre essa inteligencia múltipla, concordo com você, desenvolvemos habilidades multiplas que podem se tornar construtivas ou destrutivas.
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 06.07.2018 às 15:15

Quero saber do seu compadre e da sua comadre...
Cecília

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